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A Importância das Línguas 

 

Rodrigo Solano 

rsolano@thinkglobal.com.br  

 

Muitas vezes escutamos falar sobre línguas mas raramente paramos para refletir sobre a importância que elas têm em nossas vidas. A língua é um dos principais elementos que separam os humanos dos animais. Além disto, é através dela que nossos pensamentos se engendram e que nossa cultura e conjunto de valores são obtidos. A grosso modo, somos o que somos graças à nossa língua.

 

Todavia, a humanidade é dividida em vários grupos etnolinguísticos o que implica em diferentes culturas, valores e formas de pensar e se comportar.

 

Falar um idioma diferente do seu nativo, lhe permite conhecer um outro universo psíquico, acessar diversas literaturas e meios de comunicação além de outras maneiras de pensar e encontrar um amplo leque soluções para o dia-a-dia. Além disto, falar ao menos um pouco de outras línguas pode oferecer inúmeras  vantagens. Entre elas destacam-se:

 

1. Cativar pessoas: Como postula Lacan na sua obra "Escritos", "A experiência psicanalítica descobriu no homem o imperativo do verbo e a lei que o formou à sua imagem". Assim como ouvir o seu nome, ouvir um estrangeiro falar palavras na sua língua materna passa a mensagem interesse genuíno por você e por quem você é, já que a língua funciona como o “material de construção” do seu ser.  Soa agradável. Portanto, aprender um pouco da língua de alguém com quem você vai se relacionar causará impacto positivo.

 

2. Conquistar clientes: grande parte das pessoas de negócio e empresários de diferentes culturas preza o relacionamento, o que tem a ver com o item anterior. Falar palavras na língua do seu cliente, ou receber estrangeiros em seu estabelecimento falando algo na língua deles demonstra empatia e cordialidade. Pode ser visto como um diferencial competitivo em serviços.

 

3. Desenvolvimento da Memória: Memorizar palavras, frases e maneiras de se expressar em diferentes línguas é um excelente exercício para memória tanto para jovens quanto para a manutenção da agilidade mental de idosos. Entre as melhores ferramentas para este desenvolvimento estão os chamados flashcards que funcionam de maneira semelhante ao jogo da memória.

 

4. Tornar-se mais flexível: Diferentes idiomas, muitas vezes, possuem diferentes estruturas o que pode implicar numa maneira diferente de pensar. Em turco ou em japonês, por exemplo, os verbos vêm sempre no final. Algo semelhante à maneira como o mestre Yoda de Star Wars falava: “Eu de você gosto” ou “Eu casa-pra ir”. Você tem de dizer tudo antes de informar a ação. Exercitar diferentes estruturas de línguas torna a mente mais flexível às diferentes formas de se expressar.  

 

5. Ter prestígio: Muitas vezes falar outros línguas, mesmo que um pouco, pode transmitir a ideia de intelectualidade. Pronunciar nomes de marcas, pratos e outras diversas palavras estrangeiras corretamente num mundo globalizado demonstra conhecimento geral. Pode ajudar em diversas ocasiões, desde impressionar num encontro pessoal como numa entrevista de emprego.

 

6. Desenvolvimento da Inteligência Cultural: Quando se aprende uma língua, mesmo que só um pouquinho, junto dela vem uma bagagem cultural que é aguçada no momento do aprendizado. Por exemplo, se você estuda árabe, pode se interessar pela cultura islâmica ou pelo cristianismo árabe. Se estuda grego, é provável que se interesse pela filosofia que influencia o pensamento ocidental até os dias de hoje. Este interesse faz com que sua inteligência cultural aumente tornado você uma pessoa informada e mais compreensível diante das relações interpessoais.

 

7. Acabar com preconceitos: Quando desconhecemos algo é provável que tenhamos algum “pré-conceito” a respeito. Por exemplo, se lermos “چطوری؟” (pronúncia é "tchetorê"), devido à escrita, podemos achar que seja uma frase em árabe, quando na verdade, significa “como vai?” em persa, língua do Irã, que estruturalmente, não tem nada a ver com árabe.  Em árabe seria ّ"كيفك؟" (kífak ou kífik), bem diferente do persa. O mesmo ocorre com a palavra Allah, que muitas vezes é pensada como o “Deus dos muçulmanos” quando na verdade é simplesmente "Deus" em árabe, assim como God é em inglês. Os muçulmanos se referem a Allah como o Deus de Abraão. O interesse por línguas tira os limites estabelecidos pela cultura que chega até nós através de nossa língua nativa.

 

Com estes e outros aspectos em vista, a Think Global põe a disposição informações e flashcards sobre línguas para facilitar seu aprendizado. Afinal, aprender línguas é pensar global!